O Estado do Rio de Janeiro é o pioneiro na criação de um Currículo Básico para toda a rede de ensino. Essa foi uma das principais ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Educação no ano de 2011, marcado pelo início da implantação do novo Programa de Educação do Estado. Além de reduzir as desigualdades entre as escolas, a iniciativa contribuiu para o salto do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): o Rio saiu da 26ª colocação, em 2009/2010, para a 3ª melhor nota de todo o país, em 2013/2014.
A construção de uma base curricular comum, que permita que estudantes de escolas públicas e privadas de todo o país se orientem por um mesmo currículo, é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), até 2016. No Rio, o Currículo Básico é composto por 12 disciplinas da Base Nacional Comum, além de Resolução de Problemas Matemáticos, Produção Textual, Conhecimentos Didáticos, Formação Complementar, Fundamentos da Educação, Laboratórios Pedagógicos, Parte Diversificada e Práticas Pedagógicas.
O material tem papel central na política de ensino do estado, com o diferencial da participação ativa dos professores da rede em sua construção, em parceria com especialistas das universidades, considerando as diretrizes curriculares estabelecidas pelo Ministério da Educação. Os conteúdos garantem o direito à aprendizagem e, ao mesmo tempo, reduzem a desigualdade entre as escolas, porque todos os alunos têm acesso ao mesmo padrão curricular.
Segundo a subsecretária de Gestão do Ensino da Seeduc, Patrícia Tinoco, por meio do Currículo Básico, os docentes também têm acesso a orientações pedagógicas e sugestões de atividades.
- Além de apresentar o conteúdo mínimo de cada disciplina a ser lecionada, essa metodologia oferece aos professores da rede: interdisciplinaridade, indicações bibliográficas e recursos digitais. Desta forma, a Seeduc proporciona mais recursos para tornar as aulas mais dinâmicas – ressaltou a subsecretária.
A professora Ana Carolina Rodrigues, que leciona a disciplina de Matemática no Colégio Estadual Brigadeiro Schort, em Jacarepaguá, afirma que a introdução do Currículo Básico na rede estadual de ensino foi benéfica para alunos e professores.
- Hoje, quando recebemos estudantes de outras unidades, temos a certeza que eles receberam o mesmo conteúdo que os outros alunos da escola, onde irão estudar. Essa proposta unificou a rede – disse a docente, que ingressou na Seeduc em 2009.
Ana Carolina lembra, ainda, que o Currículo Básico é de suma importância para os alunos do Ensino Médio que estão se preparando para o Enem e para o Vestibular.
- O material traz as questões fundamentais que precisamos trabalhar com os alunos que farão avaliações importantes como essas – completou a docente, que dá aulas para as turmas das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio.
O diretor do Colégio Estadual Ignácio de Azevedo do Amaral, no Jardim Botânico, José Rodrigues, disse que a introdução do Currículo Básico também permite que os pais acompanhem com mais clareza a vida dos filhos na unidade escolar.
- Como gestor, posso atestar que essa foi uma das medidas mais eficientes adotadas pela Seeduc. Além de auxiliar o nosso corpo docente, a ferramenta permite que informemos aos responsáveis, durante as reuniões, o que o aluno está aprendendo em cada semestre na escola. Isso demonstra que o Estado está comprometido em oferecer uma educação pública de qualidade – finalizou.