quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Projeto Pegada Ambiental avalia ações da rede na área de EA

Estudo em parceria com a Uerj catalogou ações das 1.310 escolas estaduais

A Secretaria de Estado de Educação divulgou, nesta quinta-feira (19/12), os resultados do projeto Pegada Ambiental, pesquisa desenvolvida em parceria com o Núcleo de Referência em Educação Ambiental (NUREDAM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. A iniciativa tem como objetivo catalogar as ações em Educação Ambiental atualmente dinamizadas nas unidades escolares da rede estadual de ensino. O trabalho, que pode ser visto na exposição que se encontra no hall da sede da Seeduc, no Santo Cristo, vai gerar um Manual de Orientações Pedagógicas Socioambientais para a proposição de práticas socioambientais ambientadas em cada localidade das escolas.
 
Durante dois anos, pesquisadores e estudantes de graduação da Uerj fizeram um mapa da rede. A primeira etapa do projeto consistiu na disponibilização de formulários para levantamento inicial das ações existentes na rede que, posteriormente, foram catalogadas e avaliadas pelo grupo de trabalho após visitas e entrevistas nas escolas.
 
Agora, a próxima etapa do projeto será elaborar e entregar o Catálogo dos Saberes e Práticas de Educação Ambiental às unidades escolares, para que elas tenham um painel demonstrativo de suas práticas sustentáveis e como ela foram avaliadas. O Manual de Orientações Pedagógicas será o segundo documento do projeto que vai propor práticas socioambientais locais, fundamentado na aferição de indicadores quantitativos e qualitativos relacionados às ações pedagógicas em EA atualmente praticadas nas escolas avaliadas.
 
O subsecretário de Gestão de Ensino, Antonio Vieira Neto, conta que é a primeira vez que a Seeduc promove um mapeamento do que vem sendo feito na área de educação ambiental nas escolas.
 
– Nós não tínhamos referência alguma. Com esse trabalho, vamos ver a dimensão dos projetos e a disseminação dessas informações junto aos nossos jovens, como eles se desenvolvem, quais são as suas perspectivas. Isso vai nos possibilitar estabelecer uma política pública ambiental bem focada.
 
Elza Neffa, coordenadora do projeto na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica que o trabalho é resultado de uma demanda da Seeduc, que há muitos anos vem investindo em EA e não tinha um diagnóstico das atividades que os professores vêm desenvolvendo nas escolas.
 
 
– Trabalhamos a partir de duas macrotendências em EA: Educação Ambiental Conservadora e Educação Ambiental Emancipatória. Nós usamos uma metodologia que mapeia as concepções, crenças, valores. Essa metodologia possibilita que vejamos as tendências e o que as escolas pensam sobre suas práticas. A partir desse primeiro resultado, vamos analisar as respostas e construir os dois livros, o catálogo e o manual com orientações de Educação Ambiental dentro das políticas públicas estaduais e federais.
 
Também estiveram presentes ao primeiro dia da exposição: a superintendente de Gestão de Ensino, Carla Berthânia; a diretora de Integração Educacional, Inês Silva; e membros da equipe de EA da Seeduc, Jussara Greenhalgh Mendes e Bruno Rocca.
 
 
Fotos: Cris Torres
 

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